Opla Logística Avançada: eficiência e Integração no Coração Logístico de São Paulo

Imagine o seguinte cenário

Você está no coração do maior polo industrial da América Latina, em Paulínia-SP, onde diariamente milhões de litros de combustível fluem por dutos, trilhos e rodovias. É aqui que a Opla Logística Avançada construiu algo impressionante - o maior terminal independente de etanol do Brasil.

A Opla não é uma empresa qualquer, longe disso. Com a união estratégica entre BP e Ultracargo Logística, somado aos investimentos realizados, ela se tornou referência nacional em operações multimodais para granéis líquidos. Seu TCP (Terminal de Combustível de Paulínia) é uma verdadeira potência: 182,5 milhões de litros de capacidade de armazenamento para etanol, diesel, biodiesel e querosene de aviação.

Mas mesmo sendo líder de mercado, a Opla enfrentava um desafio comum a muitos gigantes da logística: como integrar de forma inteligente três modais diferentes (rodoviário, ferroviário e dutoviário) em uma operação que funciona 24/7?

O Momento da Transformação

É neste cenário que AutoMind entra em cena, com o AutoLoad. Não era apenas sobre implementar mais um sistema, mas sobre revolucionar a forma como um dos terminais mais estratégicos do país operava.

A chegada do AutoLoad a Paulínia tinha tudo para ser um marco. Afinal, estamos falando de conectar refinarias, dutos e ramais ferroviários à malha rodoviária nacional, bem no epicentro da distribuição de combustíveis brasileira.

A transformação aconteceu através de uma solução que parecia simples na teoria, mas era poderosa na prática. O AutoLoad chegou para transformar a operação: seus módulos integram de ponta a ponta o processo do terminal ao ERP — ou, como dizemos no caso da Opla, “do instrumento ao SAP” — garantindo uma performance orquestrada, fluida e perfeitamente sincronizada.

O Portal do Cliente deu autonomia total para transportadoras agendarem suas operações sem depender de ligações ou extenso fluxo de e-mails. O sistema de Agendamento começou a distribuir as janelas operacionais de forma inteligente, como um maestro organizando cada entrada e saída.

O Controle de Acesso trouxe segurança automatizada, enquanto o Controle de Filas ofereceu algo que todo terminal sonha: visibilidade total do que está acontecendo em tempo real. Chega de dúvidas sobre onde está cada caminhão ou quando chegará a próxima composição ferroviária.

Os Resultados Falam por Si

Cada operação passou a ter rastreabilidade completa, e a segurança dos processos atingiu um novo patamar, além do trabalho da portaria que antes era realizado manualmente por meio de planilhas, hoje é realizado no sistema, facilitando o trabalho do time e trazendo maior satisfação da equipe, mas o impacto vai muito além dos números. Ao implementar o AutoLoad em Paulínia, a OPLA não apenas modernizou seu terminal, ela colocou em prática o processo de transformação digital crescente nos setor de granéis líquidos no Brasil. 

Mais que Tecnologia, uma Visão de Futuro

Esta parceria entre AutoMind e Opla representa algo maior que uma simples implementação tecnológica. É a prova de que quando você combina a expertise de quem opera o maior terminal independente de etanol do país com a inovação de quem desenvolve as melhores soluções para logística, o resultado é transformador.

Para a AutoMind, ter o AutoLoad operando em Paulínia é a confirmação de que sua tecnologia está presente nos pontos mais estratégicos da infraestrutura logística brasileira. Para a Opla, é a garantia de que seus 182,5 milhões de litros de capacidade operam com a máxima eficiência possível.

No final das contas, o AutoLoad em Paulínia não foi apenas uma chegada, foi uma revolução silenciosa que está redefinindo como o Brasil move seus combustíveis.

Petrobras avalia contrato com Automind em nível de excelência

O contrato iniciado em 2014 contemplou Serviços de Assistência Técnica a bordo das Plataformas, e Gestão Metrológica realizada em terra para os Sistemas de Medição das Plataformas P50, P52, P53, P54, P55, P62, P74 e apenas Gestão Metrológica do Sistema de Medição da Plataforma FPSO-NIT.

O objetivo era garantir a integridade dos sistemas de medição fiscal, apropriação, operacional e de custódia, mantendo sua conformidade quanto aos requisitos do Regulamento Técnico de Medição aprovado na Resolução Conjunta ANP/INMETRO Nº 01:2013. Os serviços foram executados de acordo com os requisitos da Norma ABNT NBR ISO 10012:2004 e Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005.

Para a execução dos serviços de calibração dos instrumentos que compõem o sistema de medição, a Automind estruturou um Laboratório de Calibração Acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO (CGCRE), segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 (Rede Brasileira de Calibração - RBC), capacitado para realizar serviços em suas instalações, nas instalações do cliente e em instalações móveis.

“Para realização do contrato investimos no desenvolvimento da equipe, equipamentos, padronização de processos e implementação do Sistema de Gestão, recursos que impactaram diretamente a obter o nível de avaliação de “Excelência” pela Petrobras, atingindo uma nota média de 93% para os quatro anos de contrato”, informou Carlos França, Líder de Negócios da Automind.

Para ampliar os serviços realizados pelo laboratório, a Automind está obtendo  a atualização e extensão do escopo de acreditação para calibração de instrumentos de medição de pressão (-97kPa a 100MPa), de temperatura (-140°C à 1700°C) e de dimensional para inspeção de placas de orifício e trechos retos de medição, com medições lineares, de rugosidade, de forma, de posição e orientação em peças diversas.

Um dos investimentos realizados durante o período do contrato foi o desenvolvimento de um produto para apoiar a equipe de gestão no monitoramento e diagnóstico das variáveis de processo dos sistemas de medição. O produto desenvolvido, denominado de AUTOMED é um produto Integrado para Gestão de Sistemas de Medição, que possui funcionalidades para monitoramento de variáveis do sistema de medição e de processo, geração, diagnóstico e envio de arquivos de produção, gestão e cadastro de dados de produção, notificação de falha dos sistemas de medição, gestão de testes de poços de produção e integridade de equipamentos de medição.

API 2350 – Proteção contra transbordamento de tanques de armazenamento em instalações petrolíferas

A API 2350 está em sua 4ª edição, sendo que a 5ª está prevista até o próximo ano. Nela é esperado o esclarecimento de assuntos que geram dúvidas de interpretação sem grandes mudanças em procedimentos.

Na API 2350 são definidos os níveis de preocupação do produto dentro do tanque. São eles:

A distância entre o nível muito alto e crítico (h) deve ser calculada em função do tempo de ação para bloqueio do tanque, antes que o produto atinja o nível crítico. Essa distância não deve ser inferior a três polegadas.

O nível máximo operacional deve ser determinado abaixo e o mais próximo possível do nível muito alto para que não haja perda de armazenamento, entretanto, deverão ser levados em consideração fatores externos para evitar o acionamento indevido do alarme de nível muito alto, como dilatação térmica, turbulência e abalos sísmicos.

A API 2350 apresenta um método de proteção contra transbordamento utilizando um AOPS (Automatic Overfill Prevention System), cuja aplicação poderá reduzir a distância entre o nível muito alto e crítico e, como consequência, elevar a altura do nível máximo operacional.

A API 2350 até a sua 3ª edição recomendava boas práticas para prevenção contra transbordamento. Em sua 4ª edição a API 2350 deixou de ser uma recomendação de boas práticas e passou a ser uma norma.

No Brasil, a API 2350 é uma referência normativa e é citada como documento indispensável para aplicação da norma ABNT NBR 17505, que especifica os requisitos exigíveis para armazenamento de líquidos combustíveis e inflamáveis, definidos na ABNT NBR 17505-2:2015.

Além da norma ABNT, algumas unidades do corpo de bombeiros, em forma de Instrução Técnica, que tem o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos necessários para a elaboração de projeto e dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio exigidos para instalações de produção, armazenamento, manipulação e distribuição de líquidos combustíveis e inflamáveis, sinalizam a consulta à API 2350 quanto aos meios de prevenir o enchimento excessivo.

Qual o impacto para adequação a API 2350?

Quando tratamos do assunto, uma das primeiras perguntas que o time da operação faz é: para a adequação a API 2350 será necessário reduzir o nível operacional dos tanques? E a resposta é: depende. A categoria a ser aplicada para adequação da API 2350 dependerá da instrumentação existente, dos procedimentos operacionais, da análise de risco do processo, da probabilidade de falha sobre demanda dos sistemas instrumentados, entre outros fatores.

Definida a categoria, o terminal poderá tomar a decisão de utilizar uma categoria mais alta, elevando o nível máximo operacional do tanque, uma vez que o tempo de resposta necessário para bloqueio do tanque, em caso de alarme muito alto, será reduzido.

O contrário também poderá ocorrer, e o nível máximo operacional deverá ser reduzido caso o terminal esteja operando o tanque em uma categoria que não seja compatível com o tempo real de resposta para bloqueio do tanque.

Caso o tempo de resposta para bloqueio do tanque não seja calculado, a API 2350 determina os tempos mínimos por categoria conforme segue:

Categoria I – 45 minutos

Categoria II – 30 minutos

Categoria III – 15 minutos

AOPS

O AOPS (Automatic Overfill Prevention Systems) foi criado para ser utilizado em tanques classificados em qualquer uma das três categorias. A vantagem do AOPS é a capacidade de realizar a interrupção do recebimento através de um elemento final, por exemplo a válvula de entrada do tanque, sem a intervenção humana. A AOPS é composta de 3 componentes: elemento sensor, logic solver e elemento final. O sensor de nível alto-alto deve iniciar uma função de segurança no logic solver, que acionará o fechamento do elemento final, ou seja, a válvula de entrada do tanque, interrompendo assim a elevação do nível do tanque.

É importante destacar que este fechamento da válvula deve ter seu tempo calculado para evitar o rompimento da via de entrada conectada ao expedidor do produto.