A Pandenor, uma das principais operadoras de terminais de granéis líquidos no Porto de Suape-PE, enfrentava um dilema comum em operações maduras: como expandir sua capacidade logística em 60 mil m³ sem espaço físico disponível nem margem para obras demoradas e caras. Pelos métodos tradicionais, seriam necessárias pelo menos quatro novas baias. Mas a resposta veio de outra forma, tecnológica, inteligente e surpreendente.
Com o AutoLoad, sistema desenvolvido pela AutoMind, o terminal transformou sua dinâmica operacional sem levantar uma única parede. O movimento intenso no pátio foi reorganizado em uma rotina mais previsível, fluida e eficiente: agendamento digital, controle automatizado de filas, automação completa de processos e rastreabilidade em tempo real. Cada caminhão passou a ter seu momento certo de chegar, carregar e sair, como uma orquestra logística em sincronia.
O impacto foi imediato: 40% de aumento na produtividade da movimentação rodoviária, fim das filas, redução drástica nas horas extras e, o mais impressionante, a capacidade de absorver todo o crescimento projetado sem a construção de novas estruturas. A tecnologia não apenas resolveu um gargalo: ela redefiniu a maneira de operar, maximizando o uso dos ativos existentes e elevando o padrão de serviço.
No Porto de Suape, em Pernambuco, a Pandenor enfrentava o tipo de problema que toda empresa sonha em ter - mas que pode virar um pesadelo se não for bem resolvido. Após mais de 20 anos operando como especialista em armazenagem e movimentação de líquidos derivados de petróleo, biocombustíveis, químicos e petroquímicos, o terminal estava literalmente explodindo de demanda.
A empresa precisava expandir sua capacidade em 60.000 m³ para continuar competitiva no mercado. Mas tinha uma questão: não havia espaço físico para crescer.
Pelos métodos tradicionais, seria necessário construir pelo menos 4 novas baias de carregamento, um investimento pesado em obras civis, equipamentos e, pior ainda, interrupções na operação durante meses de construção. Mas o desafio da Pandenor ia além do espaço. O terminal vivia uma montanha-russa operacional diária que estava custando caro. Algo precisava ser feito.
Imagine a cena: às 6h da manhã, o pátio estava vazio. Às 10h, dezenas de caminhões-tanque formavam enormes filas. Às 14h, algumas baias ficavam ociosas enquanto outras não davam conta da demanda. Pior: no final do dia, a equipe precisava trabalhar horas extras para dar conta do que havia chegado na reta final do expediente.
Essa irregularidade no fluxo não era apenas um incômodo - mas um ponto de estrangulamento da operação que literalmente drenava recursos. Os custos com horas extras disparavam, a gestão de recursos humanos virava um quebra-cabeças diário, e havia o risco de comprometer a previsibilidade do serviço, abalando a qualidade do serviço.
Paulo Perez, Superintendente da companhia, sabia que algo precisava mudar. Mas construir novas baias não era apenas caro - em um porto como Suape, onde cada metro quadrado é precioso, simplesmente não havia espaço disponível. Então, veio a grande virada.
Foi aí que a AutoMind entrou na história com uma proposta que parecia quase mágica: "E se você alcançasse a capacidade de 4 baias novas sem precisar construir nenhuma?"
O AutoLoad chegou à Pandenor não como mais um software, mas como uma nova forma de pensar a operação. A ideia era simples e revolucionária ao mesmo tempo: em vez de expandir horizontalmente (mais baias), que tal expandir verticalmente a eficiência das baias existentes?
A implementação começou atuando no ponto mais sensível: a imprevisibilidade no fluxo de caminhões.. O sistema de agendamento do AutoLoad transformou a chegada aleatória de veículos em uma sinfonia perfeitamente orquestrada. Cada caminhão passou a ter seu horário marcado.
O controle inteligente de filas eliminou as antigas cenas de caminhões chegando sem agendamento e formando longas filas no pátio. Com o AutoLoad, cada veículo passou a ter horário marcado, e os motoristas sabem exatamente quando e onde devem estar. O resultado é previsibilidade operacional, menor tempo de espera e um fluxo logístico muito mais eficiente.
Mas o verdadeiro diferencial veio com a automação dos processos. Tarefas que antes dependiam de intervenção humana constante se tornaram automáticas. O sistema não apenas acelerou as operações de carga e descarga - ele as tornou previsíveis e confiáveis.
A rastreabilidade em tempo real deu ao terminal uma visão de raio-X de toda a operação. Paulo e sua equipe podiam acompanhar cada movimento, cada carregamento, cada anomalia - tudo em tempo real, com a segurança que o setor de líquidos perigosos exige.
Os números falam por si: 40% de aumento na produtividade da movimentação rodoviária. Mas mais impressionante que isso foi o que não precisou ser feito.
A Pandenor conseguiu absorver completamente o crescimento de 60.000 m³ sem construir uma única baia nova. O investimento que seria necessário para obras civis foi redirecionado para outras áreas estratégicas, e o terminal continuou operando normalmente durante toda a transformação.
As horas extras que antes eram rotina se tornaram exceção. O fluxo irregular de caminhões se transformou em um ballet operacional perfeitamente sincronizado. E os clientes? Finalmente tinham a previsibilidade que tanto buscavam.
"Agora o Terminal pode disponibilizar para seus clientes um serviço de agendamento preciso, que garante uma previsibilidade de atendimento", conta Paulo Perez. "Fornecemos em tempo real a situação dos carregamentos, com detalhes de entradas e saídas dos caminhões-tanques, quantidades, produtos e horários.
O caso da Pandenor prova algo fundamental: às vezes, a solução para crescer não está em construir mais, mas em otimizar melhor o que já existe. A AutoMind não apenas entregou um sistema - ela entregou uma nova forma de pensar a operação portuária.
Para a Pandenor, significou transformar uma limitação física em uma vantagem competitiva. Para o Porto de Suape, representou um exemplo de como a tecnologia pode maximizar a utilização de espaços preciosos. E para o setor de granéis líquidos como um todo, foi a demonstração de que o futuro não está necessariamente em ter mais ativos, mas em fazer os ativos existentes trabalharem de forma mais inteligente.